Arquivo da Categoria: TAL – dia 24

Declaração Universal dos Direitos da Água

A Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada com o objectivo de atingir todos os

indivíduos, povos e nações, para que homens e mulheres, tendo permanentemente a Declaração

presente no seu espírito, se esforcem, através da educação e da formação regular, em desenvolver o

respeito pelos direitos e obrigações enunciados e por forma a que assumam, com medidas

progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e efectiva aplicação.

Art. 1º – A água integra o património do planeta: cada um dos continentes, povo, nação, região,

cidade, cidadão é plenamente responsável perante cada um e todos.

Art. 2º – A água é a seiva do planeta: é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou

humano. Sem a água não se poderia conceber a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a

agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal

como estipulado no art.º 3.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito

limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimónia.

Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes

devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a

Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os

ciclos começam.

Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores: é, sobretudo, uma doação

aos nossos herdeiros. A sua protecção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação

moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza: tem valor económico, importando saber

que é, por vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, a sua

utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de

esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas actualmente disponíveis.

Art. 8º – O uso da água implica o respeito à lei: a protecção constitui uma obrigação jurídica para

todo homem ou grupo social que dela beneficie. Tal questão não deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado.

Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua protecção e as

necessidades de ordem económica, sanitária e social.

Art. 10º – O planeamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.’’

22 Março 1992

Declaração – Água Já

Comunidade Bairro

TERRAS DA COSTA

 

Movimento

ÁGUA JÁ!

 

APOIO A

Declaração Universal dos Direitos da Água

 

Trienal de Arquitetura de Lisboa

Close Closer

Sala da Nação

Embaixada de Terra Nenhuma

 

Assinaturas voluntárias colhidas no período

24 a 28 de Setembro de 2013

 

Doc.: Tipo e Nº Nome Assinatura

Campanha de limpeza – Comunidade Bairro

COMUNIDADE BAIRRO

TERRAS DA COSTA

 

SEMANA DA CAMPANHA DA

 

LIMPEZA NO BAIRRO

 

de 23 a 29 de Setembro

 

 

Dia 29 as 10 horas

 

LIMPEZA GERAL

Cada localidade começa por limpar seu espaço e sentido ao Campo da Bola onde faremos uma

Festa de Confraternização

Contribuição para a festa de 1,00€ que pode ser entregue a qualquer um dos membros da nossa Comissão de Bairro

 

SÃO TODOS BEM-VINDOS

 

 

COLABORAÇÃO

PROJETO FRONTEIRAS URBANAS

LAPSE TEATRAL: Humildes, Humilhados, Sem Água

Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma

24.Setembro.2013

 

LAPSE TEATRAL: Humildes, Humilhados, Sem Água

 

Peça de Euclides Fernandes

 

 

Personagens

Presidente da Repúdia – Exmo. Caníbal Mandioca Cabaco Sirbia

Presidente da Carâmba de Almeida – Exma. Amarela Emídia Gouza Néctar

Presidente da Disjunta Fregueses –  Exmo. Anatóli Nevoeiro

Presidente do Sindilato dos Pescados – Exmo. Sr. Lindo Galo

Cabo Rasíssimo Chicote – Guardadores de Notas Roubadas (GNR)

Preto Cabelo Bedju – Morador das Terras de Bariga Cheia (Narrador)

 

Figurinos

Criação de cada ator para o respectivo papel

 

Cenário

Projeção de Cenas da Costa Cabariga em Time Lapse: Toda a peça passa-se na Costa Cabariga; lugar imaginário onde efetivamente os habitantes não têm direito a água.

 

 

 

 

ATO ÚNICO

 

Preto Cabelo Bedju:

_Quantas Costas Cabariga! São muitas… Neste caso, esta Costa Cabariga fica em Portróika e eu…. sou o Preto Cabelo Bedju, conhecido como o que não penteia.

 

Presidente da Pepúdia:

_Eu, Caníbal Mandioca Cabaco Sirbia, Presidente da Repúdia de Portróika, aqui presente para escutar as almas da Almeida. Em primeiro lugar, gostaria de ouvir a Exma. Senhora Amarela Emídia Gouza Nectar.

 

Presidente da Carâmba de Almeida:

_Eu, Presidente da Carâmba de Almeida, dona da minha alma da minha Almeida de onde abraço todos os Lisboetas que querem disfrutar do meu coração de sangue puro que é a minha linda Praia de Costa Cabariga. Desta praia saem os melhores pescados. Também dona dos terenos férteis das Terras de Bariga Cheia e da água de todos que quero dar. Muito tenho feito por esta Praia Costa Cabariga e Terra de Bariga Cheia e tenho resistido, até agora, que dou a água aqueles que merecem – Não aos invasores!

 

Presidente da Disjunta:

_Anatóli Nevoeiro…. este sou eu! Presidente Invicto da Disjunta Fregueses e sempre Profeta da Escola Secundária Emiliano Sorte de Capa Passada Pelo Focinho do Touro. Devo dizer que a única coisa que concordo com a . Senhora Amarela é que ela tem resistido com eu – Grande Anatóli Nevoeiro, dou a água aqueles que merece – Não aos invasores das Terras da Tia Dele! O resto é tudo falso. Quem tem abraçado os lisboetas sou eu – Grande Anatóli Nevoeiro! Quem tem abastecido a lotaria de pescados e os mercados de Costa Cabariga sou eu – Grande Anatoli Nevoeiro! Só não abraço aos invasores dos terenos das Terras de Bariga Cheia _Não aos invasores!

 

Presidente do Sindilato:

_Eu, Lindo Galo – Presidente do Sindilato dos Pescado digo-vos: Os nossos dois representantes locais mentiram em quase tudo! Não posso deixar de desmentir que a lotaria é abastecida por nós… que somos os pescados! Os dois representantes só não mentiram ao que diz respeito a água. É verdade! Eles têm resistido muito e firmes em dar a água aqueles que eles não querem. Todos os moradores da Costa Cabariga tem Direito a Água, inclusive os moradores, há três gerações, das Terras da Minha Tia… Tia Moscovina!

 

Cabo Rasíssimo Chicote:

_Eu, Cabo Rasíssimo Chicote, funcionário da Guarda Notas Roubadas, vulga GNR, digo ao Exmo. Presidente da Disjunta e à Exma. Presidente da Carâmba que se quiserem convenço meus colegas a irmos chicotear os que não merecem água –  Não aos invasores!

 

Preto Cabelo Bedju:

Possibilidade 2:

_ Quem está disposto a nos ajudar? Sabemos, nas Terras da Nossa Tia, que precisamos nos organizar e muito temos feito por isso. Porém, sabemos que nas Terras de Bariga Cheia, vulga Terras da Nossa Tia, as Bariga tão sem água e sabemos, também, que o amor pelo poder afasta os representantes locais do poder do amor, da compaixão e dos direitos humanos. Sim aos Moradores!!!!!!!

Água Já!