Arquivo da Categoria: 6 – EntreProjetos

Círculos de Cultura – Catarina Pereira

Título: Círculos de cultura no projeto Fronteiras Urbanas : um olhar sobre a visão do outro

Resumo: O presente trabalho pretende dar a conhecer as inúmeras experiências e aprendizagens que foram adquiridas ao longo do estágio curricular, desenvolvido no âmbito do segundo ciclo de estudos que conduzem ao grau de Mestre em Ciências da Educação, na área de especialização em Educação Intercultural. O estágio curricular foi realizado no Projeto Fronteiras Urbanas: A dinâmica de encontros culturais na educação comunitária, desenvolvido em duas comunidades na Costa de Caparica. Por meio de um estudo etnográfico de observação participante será posto em evidência todo o percurso realizado, durante o estágio, com os jovens de uma das comunidades deste projeto. Desta forma, será dado a conhecer um olhar sobre a visão do outro revelando: modos de vida, mistérios, sonhos, desejos, ambições, medos e frustrações, com base no que foi vivido e experienciado, através das atividades de estágio, e suportado por um quadro teórico composto por um conjunto de conceitos e perspetivas salientadas por diversos autores.

URI: http://hdl.handle.net/10451/10651

 

Ligação

http://www.paulomoreira.net/index.php?/academia/observatorio-da-chicala/

Parlamento Urbano

Transparência e Dados Abertos

 

Projecto Fronteiras Urbanas

Colectivo Zuloark

 

Trienal_PU

O custo do espaço público. (A rede que liga todos os espaços públicos, as informações sobre o uso de energia elétrica, água , etc., não é conhecido, por quê? Seria importante, a fim de saber qual é o custo real do espaço urbano.) Comunicar e tornar explícito o que e como está acontecendo nas diferentes partes da cidade .

Há dados que explica cada cidade, que a justifica, que a move. Quanta água é necessária num canteiro, qual é quantidade de eletricidade gasta num poste da praça pública, quantas toneladas de lixo são recolhidas , qual é o custo de obras de manutenção, quanto dinheiro é separado para a promoção de atividades.

Podemos pensar no desenho de estratégias de transparência que tornam possíveis democratizar as informações que projetam nossas cidades. Conseguir os tradutores “corretos” pode significar estabelecer comportamentos mais conscientes e responsáveis ​​.

 

Mecanismos .

Determinar os possíveis formatos em que as informações poderiam ser transparentes.

Que tipo de informação é relevante e através de quais dispositivos poderiam ser obtidas.

Quais sistemas transparentes que já existem atualmente .

Declaração Universal dos Direitos da Água

A Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada com o objectivo de atingir todos os

indivíduos, povos e nações, para que homens e mulheres, tendo permanentemente a Declaração

presente no seu espírito, se esforcem, através da educação e da formação regular, em desenvolver o

respeito pelos direitos e obrigações enunciados e por forma a que assumam, com medidas

progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e efectiva aplicação.

Art. 1º – A água integra o património do planeta: cada um dos continentes, povo, nação, região,

cidade, cidadão é plenamente responsável perante cada um e todos.

Art. 2º – A água é a seiva do planeta: é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou

humano. Sem a água não se poderia conceber a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a

agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal

como estipulado no art.º 3.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito

limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimónia.

Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes

devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a

Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os

ciclos começam.

Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores: é, sobretudo, uma doação

aos nossos herdeiros. A sua protecção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação

moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza: tem valor económico, importando saber

que é, por vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, a sua

utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de

esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas actualmente disponíveis.

Art. 8º – O uso da água implica o respeito à lei: a protecção constitui uma obrigação jurídica para

todo homem ou grupo social que dela beneficie. Tal questão não deve ser ignorada nem pelo

homem nem pelo Estado.

Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua protecção e as

necessidades de ordem económica, sanitária e social.

Art. 10º – O planeamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em

razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.’’

22 Março 1992

Declaração – Água Já

Comunidade Bairro

TERRAS DA COSTA

 

Movimento

ÁGUA JÁ!

 

APOIO A

Declaração Universal dos Direitos da Água

 

Trienal de Arquitetura de Lisboa

Close Closer

Sala da Nação

Embaixada de Terra Nenhuma

 

Assinaturas voluntárias colhidas no período

24 a 28 de Setembro de 2013

 

Doc.: Tipo e Nº Nome Assinatura

Campanha de limpeza – Comunidade Bairro

COMUNIDADE BAIRRO

TERRAS DA COSTA

 

SEMANA DA CAMPANHA DA

 

LIMPEZA NO BAIRRO

 

de 23 a 29 de Setembro

 

 

Dia 29 as 10 horas

 

LIMPEZA GERAL

Cada localidade começa por limpar seu espaço e sentido ao Campo da Bola onde faremos uma

Festa de Confraternização

Contribuição para a festa de 1,00€ que pode ser entregue a qualquer um dos membros da nossa Comissão de Bairro

 

SÃO TODOS BEM-VINDOS

 

 

COLABORAÇÃO

PROJETO FRONTEIRAS URBANAS

LAPSE TEATRAL: Humildes, Humilhados, Sem Água

Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma

24.Setembro.2013

 

LAPSE TEATRAL: Humildes, Humilhados, Sem Água

 

Peça de Euclides Fernandes

 

 

Personagens

Presidente da Repúdia – Exmo. Caníbal Mandioca Cabaco Sirbia

Presidente da Carâmba de Almeida – Exma. Amarela Emídia Gouza Néctar

Presidente da Disjunta Fregueses –  Exmo. Anatóli Nevoeiro

Presidente do Sindilato dos Pescados – Exmo. Sr. Lindo Galo

Cabo Rasíssimo Chicote – Guardadores de Notas Roubadas (GNR)

Preto Cabelo Bedju – Morador das Terras de Bariga Cheia (Narrador)

 

Figurinos

Criação de cada ator para o respectivo papel

 

Cenário

Projeção de Cenas da Costa Cabariga em Time Lapse: Toda a peça passa-se na Costa Cabariga; lugar imaginário onde efetivamente os habitantes não têm direito a água.

 

 

 

 

ATO ÚNICO

 

Preto Cabelo Bedju:

_Quantas Costas Cabariga! São muitas… Neste caso, esta Costa Cabariga fica em Portróika e eu…. sou o Preto Cabelo Bedju, conhecido como o que não penteia.

 

Presidente da Pepúdia:

_Eu, Caníbal Mandioca Cabaco Sirbia, Presidente da Repúdia de Portróika, aqui presente para escutar as almas da Almeida. Em primeiro lugar, gostaria de ouvir a Exma. Senhora Amarela Emídia Gouza Nectar.

 

Presidente da Carâmba de Almeida:

_Eu, Presidente da Carâmba de Almeida, dona da minha alma da minha Almeida de onde abraço todos os Lisboetas que querem disfrutar do meu coração de sangue puro que é a minha linda Praia de Costa Cabariga. Desta praia saem os melhores pescados. Também dona dos terenos férteis das Terras de Bariga Cheia e da água de todos que quero dar. Muito tenho feito por esta Praia Costa Cabariga e Terra de Bariga Cheia e tenho resistido, até agora, que dou a água aqueles que merecem – Não aos invasores!

 

Presidente da Disjunta:

_Anatóli Nevoeiro…. este sou eu! Presidente Invicto da Disjunta Fregueses e sempre Profeta da Escola Secundária Emiliano Sorte de Capa Passada Pelo Focinho do Touro. Devo dizer que a única coisa que concordo com a . Senhora Amarela é que ela tem resistido com eu – Grande Anatóli Nevoeiro, dou a água aqueles que merece – Não aos invasores das Terras da Tia Dele! O resto é tudo falso. Quem tem abraçado os lisboetas sou eu – Grande Anatóli Nevoeiro! Quem tem abastecido a lotaria de pescados e os mercados de Costa Cabariga sou eu – Grande Anatoli Nevoeiro! Só não abraço aos invasores dos terenos das Terras de Bariga Cheia _Não aos invasores!

 

Presidente do Sindilato:

_Eu, Lindo Galo – Presidente do Sindilato dos Pescado digo-vos: Os nossos dois representantes locais mentiram em quase tudo! Não posso deixar de desmentir que a lotaria é abastecida por nós… que somos os pescados! Os dois representantes só não mentiram ao que diz respeito a água. É verdade! Eles têm resistido muito e firmes em dar a água aqueles que eles não querem. Todos os moradores da Costa Cabariga tem Direito a Água, inclusive os moradores, há três gerações, das Terras da Minha Tia… Tia Moscovina!

 

Cabo Rasíssimo Chicote:

_Eu, Cabo Rasíssimo Chicote, funcionário da Guarda Notas Roubadas, vulga GNR, digo ao Exmo. Presidente da Disjunta e à Exma. Presidente da Carâmba que se quiserem convenço meus colegas a irmos chicotear os que não merecem água –  Não aos invasores!

 

Preto Cabelo Bedju:

Possibilidade 2:

_ Quem está disposto a nos ajudar? Sabemos, nas Terras da Nossa Tia, que precisamos nos organizar e muito temos feito por isso. Porém, sabemos que nas Terras de Bariga Cheia, vulga Terras da Nossa Tia, as Bariga tão sem água e sabemos, também, que o amor pelo poder afasta os representantes locais do poder do amor, da compaixão e dos direitos humanos. Sim aos Moradores!!!!!!!

Água Já!